Essa é a ideia encontrada no projeto que desenvolve telhas a partir da reciclagem
de garrafas plásticas.
O processo, apesar de ser mais caro, é um benefício para o meio ambiente já que
reduz o consumo excessivo de recursos naturais e reutiliza essa matéria-prima que
geralmente pode ser encontrada aos montes em lixões e aterros.
Para que as garrafas PET (politereftalato de etileno) não acabem parando em lixões, rios e vias públicas, muitas iniciativas de reciclagem vêm sendo pensadas. Uma das áreas que pode se beneficiar dessas inciativas é a construção civil, através do uso de garrafas PET para a confecção de telhas. No estudo “Utilização de telhas de PET reciclado na construção civil”, Maria Franciscon e colegas da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp mostram as vantagens de se fabricar e utilizar telhas feitas desse material em relação às telhas de cerâmicas convencionais. Segundo o estudo, publicado em junho de 2010 na Revista Ciências do Ambiente On-Line, o processo de fabricação da telha de garrafa PET é mais caro, dado o preço de sua matéria-prima, mas os benefícios ecológicos recompensam, pois retira do ambiente boa parte de garrafas, que demoraria cerca de 400 anos para se degradar, poluindo solos e meios aquáticos. No estudo, os pesquisadores explicam que, além do custo da matéria-prima, o processo de produção da telha de PET – que envolve a coleta de material a partir de firmas de recolhimento de lixo, separação de materiais, fases de lavagem e fundição do material e posterior acabamento – também contribui para encarecer o produto. No entanto, os pesquisadores dizem que quando comparados os custos da estrutura, que se relaciona com o peso da telha, a utilização das telhas de PET apresenta vantagem. “A telha cerâmica é muito mais pesada que a de PET, e a estrutura para sua sustentação deve ser mais reforçada. Por outro lado, pode-se utilizar materiais muito mais baratos para a de PET, como esquadrias de alumínio, plástico, entre outros materiais”, explicam. Outra característica das telhas de PET, segundo o estudo, é que elas não apresentam porosidades como as telhas cerâmicas, evitando assim o acúmulo de umidade e mofo. E, por isso, não precisam ser limpas constantemente. Além disso, resistem a temperaturas mais altas (cerca de 85°C) comparadas às temperaturas máximas a que um telhado é exposto (até cerca de 50°C). “Para evitar degradação pela radiação solar são adicionados aditivos de proteção AntiUV”. Fonte:www.limpabrasil.com.br |
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